segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SIMCA RESPONDE PEDIDO DE INFORMAÇÕES DOS VEREADORES





SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS DE CANGUÇU - RS

Fundado em Julho de 1993
                                                                          CNPJ/MF nº. 73.326.258/0001-56                     
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Ofício 025/2015                                                                                       Canguçu, 10 de setembro de 2015.


                           Senhores Vereadores


                        Ao cumprimentá-los de forma muito respeitosa, vimos através deste, respondê-los acerca dos ofícios 010/15/PTB  e 01447/15/SCV.
                        A adequação da carga horária semanal dos nossos servidores públicos municipais e a equiparação do salário base do padrão 01 e 02 da Prefeitura ao salário mínimo nacional citados nos respectivos documentos, infelizmente ainda fazem parte do conjunto de problemas, que precisam ser resolvidos. 
                        O pior, é que além desses, ainda existem outros, que talvez requeiram mais urgência de solução.
                          O que temos bem claro, é que, em todas as resoluções, assim como para os dois, em pauta nesse instante, refletem na questão financeira, e também no limite prudencial da folha do Executivo.
                        Nesse sentido, queremos aproveitar a oportunidade, e convidar os ilustres Vereadores e também os colegas servidores, para uma reavaliação urgente das nossas atitudes.
                        Em alguns momentos, nós, nos posicionamos muito firme a favor de algumas ideias, na certeza de que, caso implementadas em nosso Município, teríamos tido chances reais de ter resolvido grande parte dos problemas existentes no quadro.
                        Uma das nossas grandes defesas para isso, foi a questão da reestruturação das escolas, que estão localizadas próximas, e que possuem número pequeno de alunos.
                        Além dos benefícios pedagógicos em consequência dessa realização, a otimização do uso dos recursos humanos teria evitado um número significativo de contratos emergenciais, e consequentemente, o município teria mais recursos para direcionar ao equacionamento dos problemas.
                        Outra ideia, que defendemos com muita convicção, foi a de desvincular parte dos recursos humanos (contratos emergenciais) da área da saúde, da folha de pagamento do quadro geral,.
                        Essa medida implementada, contemplaria de forma muito especial todos os municipários, visto que baixaria de forma muito considerável o índice de gasto com o pessoal, abrindo com isso, uma margem maior na hora da negociação dos reajustes.
                        Como exemplo nesse caso, podemos citar o ano de 2014, quando a nossa Secretaria Municipal de Saúde contratou de forma emergencial 50 profissionais. Somente esse grupo foi responsável pela subtração de 6 % do total da folha.
                        Nesse caso, ainda é importante lembrar, que os funcionários contratados, não contribuem para o Regime Próprio da Previdência Social, e com isso o nosso Fundo de Aposentadoria perdeu de arrecadar um montante menor que, quando a folha está comprometida  somente com os efetivos.
                        Outro fato em pauta, e que também deverá proporcionar grandes melhorias para todos os servidores, caso seja implementado é o “Projeto Mais Canguçu”, projeto que visa a distribuição “justa” dos recursos públicos entre o Legislativo Municipal e o Executivo.
Com a diferença de 50% para o lado da Prefeitura, conforme é a ideia, será possível uma maior injeção de verbas para o quadro de servidores do executivo.
                       
                   Estas três medidas postas em prática, aliviariam de forma substancial o percentual comprometido com a folha, bem como disponibilizariam mais recursos, para melhores reajustes a todos.
                        Infelizmente, grande parte do Legislativo, pelo fato, de não pensar dessa forma, pode ser considerado “responsável” pelas limitações do Executivo, tanto pela dificuldade financeira do Município, bem como pelo alto índice em que a folha se encontra no atual momento.
                       Por conta de sentimentos e interesses divergentes perdemos de avançar em várias questões que envolvem o funcionalismo municipal
                        A discordância de um grupo de Vereadores em “algumas” propostas,  até pode ser considerado normal, porém, não concordar com “nenhuma”, e  não oferecer outra alternativa, cria possibilidade  para algumas definições de caráter negativo.
                        Nenhum dos casos citados, os nobres edis nos solicitaram parecer, muito menos consideraram a nossa opinião, mesmo que de modo informal. Porque pedem o parecer agora?
                        Sempre fomos e sempre seremos a favor dos interesses e direitos coletivos dos Servidores, porém, de forma que a maioria não seja sacrificada, em detrimento de interesses de uma minoria.
                        A questão dos Padrões 01 e 02 terem seus salários base abaixo do mínimo nacional no primeiro triênio, foi em consequência da defasagem salarial ocorrida até ao ano de 2009, período em que alguns anos não aconteceram reajustes, e quando aconteceram, foram menores que os índices aplicados no salário  mínimo nacional.
                        Nesse caso, todos perderam, portanto, qualquer reajuste, entendemos que deve ser feito de modo “linear”, para que não se promova um achatamento de salários maior do que já existe.
                        A questão da “redução da carga horária para os Servidores, menos, para os que fazem horas extras constantemente”.
                        Em Assembleia, amplamente divulgada e realizada pelo Sindicato dos Municipários de Canguçu, deliberou-se, conforme deve ser do conhecimento de todos, que a ampla maioria dos participantes concordaram com o projeto original do Executivo.
                        A decisão se embasou pelo fato de contemplar a maior parcela de servidores e não causar qualquer  vantagem ou desvantagem financeira  a quem quer que seja.

                        Quanto aos cargos não contemplados no momento (horas extras constantes), ficou combinado na ocasião, que se realize a adequação da carga horária num momento mais propício.
                  Em relação as horas extras, diárias, meias diárias, enfim, tudo que acrescenta momentaneamente nos vencimentos é bom para quem recebe, mas é importante lembrar, que anualmente impedem reajustes melhores nos salários de todos, que chegam a índices de 4%, 5% .
                        Isso, no final da carreira reflete em aposentadorias com valores mais baixos para todo o grupo, visto que as horas extras retiram a possibilidades de reajustes mais altos, e também não reflete para os que as fazem.
                        Entendemos que todas essas observações feitas devem ser consideradas antes de gerar qualquer tipo de expectativa aos Servidores, que muitas vezes apenas geram discórdia entre o grupo.
                   Sendo o que havia para o momento, aproveitamos a oportunidade para renovar nossos protestos de estima e consideração.                                      
                                                                               Atenciosamente

Breno Storch Schmalfuss - Presidente do SIMCA

Exmo. Senhor
Carlos Rodnei Ribeiro Jacondino
M. D. Presidente da Câmara de Vereadores
Canguçu - RS

SIMCA responde pedido de Informações dos Vereadores