O próximo sábado (28) é o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. A doença, que causa uma inflamação no fígado, apresentou queda no Rio Grande do Sul entre 2016 e 2017 nos tipos B e C, mas percebe-se um aumento considerável de casos confirmados de hepatite A. Há mais casos da doença até junho de 2018 que todo o ano passado. As hepatites B e C, porém, são ainda as de maior incidência. A vacinação, hábitos de higiene e o uso de preservativo em relações sexuais são as principais formas de proteção para os diferentes tipos da doença.
A hepatite A costuma ter um tratamento mais simples e pode melhorar até mesmo sem que seja necessário algum cuidado maior. As hepatites B e C podem começar como uma infecção aguda. Se o vírus permanecer no corpo sem o tratamento adequado, pode resultar em doenças crônicas e evoluir para problemas graves no fígado, como câncer. Pode ocorrer a hepatite fulminante com insuficiência hepática aguda e levar à morte.
Segundo o Programa Estadual de Hepatites Virais, da Secretaria Estadual da Saúde (SES), foram 80 casos de hepatite A já registrados em 2018 contra 60 ao longo de todo o ano passado. Mais da metade dos casos foram em adultos (dos 20 aos 39 anos). Em 63% dos casos a fonte de infecção identificada foi por alimento ou água infectados. Contra a hepatite A, as crianças devem receber uma dose de vacina preconizada aos 15 meses de idade ou até completar os 5 anos.
Os registros de hepatite B caíram no estado de 1.601 casos em 2016 para 1.434 ano passado e 582 em 2018, até junho. Já o tipo C ainda é o com maior incidência no RS. Foram 2.670 casos em 2016, passando para 2.039 no ano seguinte e 612 neste ano. Em ambos os tipos, a fonte de infecção mais comum foi a via sexual, com 15% e 14% respectivamente. Contra a hepatite B, a criança recebe uma dose ao nascer e os adolescentes e adultos tomam três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Ainda não há vacina contra o tipo C de hepatite.
O estado possui hoje 457 municípios onde ao menos uma unidade de saúde oferece os testes rápidos para hepatite B e hepatite C. Os exames de triagem são uma das principais ferramentas para o diagnóstico precoce dessas patologias. Eles contribuem para um maior controle da doença, possibilitando interromper a cadeia de transmissão por meio dos métodos de prevenção e tratamento.
Como medidas de prevenção para as hepatites virais recomenda-se:
- Sexo seguro: uso de preservativos masculinos ou femininos;
- Higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
- Evitar compartilhamento de objetos pessoais: lâminas de barbear e depilar, escovas de dentes, alicates de unha e outros;
- Evitar compartilhamento de instrumentos de drogadição;
- Frequentar locais (consultórios e clínicas médicas e dentárias, estúdios de tatuagem e colocação de piercings, salões de beleza) que seguem as normas de biossegurança estabelecidas pela Vigilância Sanitária;
- Alertar a comunidade estimulando hábitos como lavar as mãos, beber água tratada ou fervida e comer apenas alimentos higienizados.
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